ANTONIO CARMO atingiu a sua plena maturidade como pintor. Nascido no coração de Lisboa em 1949, optou, de uma vez por todas, pelo amor e pela música. Os casais que ele representa através da sua pintura oferecem-se flores mutuamente, enlaçam-se ou dormem no meio de uma vegetação luxuriante, da qual emerge o sonho daquela "casinha" que todos desejam vir a ter. O artista nunca dramatiza uma situação, e se a tristeza surge, a música desvanece-a, e tudo se transforma. Na Bélgica, o artista é conhecido desde 1986 (uma primeira exposição inaugurada numa cidade paralisada por uma greve); as suas obras apareceram em diversos museus, desde Viseu a Tóquio e Rabat, embora permaneça um artista que tem sempre qualquer coisa a dizer a cada um.Sem utilizar um discurso sobre questões sociais, sugere, no entanto, num ângulo da tela, uma referência ao mundo que podia existir mas que não existe, a um mundo de paz e amor para todos os povos, independentemente da raça e da religião. As mulheres fortes são as verdadeiras estrelas dos seus quadros, e são mulheres fortes e saudáveis, não uma simples quimera, mas mulheres bem reais que cantam, escrevem ou trabalham no campo. Carmo cria uma imagem popular da vida porque ele ama a celebração da vida, fazendo-o em tons frutados, ricos de seiva. Tanto na serigrafia como na pintura, as histórias que nos conta são as mesmas, prenunciando-nos na Primavera, como um desejo ou uma oferenda, o Verão esplendoroso que se avizinha
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